Os dois primeiros vestidos dos 7 que fiz. O tecido de fundo é um linho muito velho, tão velho que sobreviveu no tempo até chegar a mim, é ainda do tempo dos bisavós do meu marido e fazia parte dos tecidos que vendiam na loja de tecidos que tinham em Arraiolos. Passou por três gerações até chegar a elas e isso, só por si, chega para os tornar especiais.
O tom de cor de rosa é característico daquele tempo e diferente do que agora vemos, não é rosa claro nem é rosa bebé. É mais uma mistura de salmão com rosa, mas é bonito apesar do toque antigo que tem. É incorpado mas simultaneamente leve.
O molde que utilizei saiu na Burda de Junho e apaixonei-me por ele assim que o vi. Continuo a achar que os moldes da Burda são do mais complicadinho que há e por isso, não sei se a inventar ou se a simplificar, acabei por não fazer as coisas bem como estava indicado. Para além disso o molde começava no tamanho 104 e eu precisava de fazer, para além de um vestido 104 e dois 110, mais dois vestidos em tamanho 98 e dois vestidos em tamanho 86, o que me obrigou a alterar os moldes para tamanhos bem mais pequenos. Nem tudo correu bem no papel, mas felizmente que apesar do corte das peças não ter ficado correcto, foi possível corrigir tudo no tecido à medida que o ia cosendo.
Os tecidos que usei no decote e na barra do vestido vieram os dois dos Estados Unidos ao mesmo tempo e já estavam à espera de uso à pelo menos dois anos, mas até parece que foram feitos de propósito para este pano.
Em termos gerais o molde é de fácil execução embora, se fosse eu a escrevê-lo, mudaria alguns passos que são completamente desnecessários. Não sei se lá estão por ser essa a maneira “certa” de fazer as coisas ou porque alguém ligou o complicometro mas os meus vestidos estão feitos com menos esforço e creio que melhores acabamentos.
E vocês? Com que moldes preferem ou costumam trabalhar? Partilhem a vossa experiência na caixa de comentários.