Meat Free Monday #7

Mais uma aventura na “descarnificação” da nossa alimentação. A proposta de hoje é bem ao meu estilo, e ao das miúdas também, a verdadeira comida de conforto com dois parceiros de crime perfeitos: a massa e o queijo! E muitos legumes bem escondidos!

É fácil de fazer, dá para fazer na bimby ou no tacho, e é de sucesso garantido. E para mim tem uma grande vantagem que é a de levar couve flor escondida e tão bem disfarçada que não só é bem aceite, como também é ela que dá toda a magia a este prato. E a couve flor é um legume que por cá nem todos gostam, mas assim escondido marcha que é uma alegria. O mesmo se aplica aos brócolos, mas cá em casa são menos esquisitos com os brócolos do que com a couve flor!

Esta receita é uma daquelas que podes deixar preparada no fim de semana e deixas o pirex tapado no frigorífico pronto a ir ao forno. No dia é só meter no forno e servir. Também dá para congelar antes de ir ao forno mas o resultado vai ser um pouco mais seco.

E em termos de sucesso da receita?

TODA A GENTE GOSTOU! É receita para bingo!

* *

Esta vai ser uma receita para repetir muita vezes! E com tanta fã de massa cá em casa está-se mesmo a ver que vai ser um disco muito pedido!

E tu? Vais experimentar?

Meat Free Monday #6

A nossa última experiência vegetariana foi no campo dos hamburguéres, e na verdade esta é só a primeira de várias receitas que quero experimentar.

* *

A receita é do site do movimento Meat Free Mondays e não lhe fiz grandes alterações, a não ser retirar o tomilho (porque não tinha) e substituir as cebolas vermelhas por chalotas.

Estava com grandes expectativas em relação a esta receita porque gosto muito de beterraba e tinha as beterrabas da horta mesmo a jeito de serem usadas, mas acho que quando as fiz piquei-as demais e em vez de uma boa textura granulada acabei por ficar com uma pasta da qual começou a fugir o sumo da cenoura e da beterraba.

Como sabia que me ia ser difícil fazê-los num dia normal fiz a receita num fim de semana, moldei os hamburguéres e congelei-os. Mas fiquei sempre na duvida de se iam aguentar.

Quando chegou o dia foram congelados para a frigideira e aguentaram-se bem. Para acompanhar fiz grelos para mim e arroz de grelos para eles.

E quanto a opiniões?

Para variar um bocadinho o marido gostou – 1 voto a favor (devia valer por dois!).

A Mafalda gostou – 1 voto a favor

A Teresa comeu sem reclamar mas não muito convencida – 1 voto neutro

A Sofia comeu com alguma dificuldade – 1 voto contra

E eu? Eu acho que tenho de repetir porque acho que não estava num dia bom. Até porque fui a última a ir para a mesa e acabei por comer os hamburguéres pouco quentes, e não me souberam grande coisa. Mas no dia seguinte levei-os para o almoço e bem quentes até não souberam mal.

Mas é como te digo, tenho de repetir para ter a certeza do meu voto! Para já é um voto neutro.

* *

De qualquer forma, se gostas de beterraba vale a pena experimentar!

Meat Free Monday #5

E quase sem darmos por isso já conseguimos fazer 5 refeições sem carne, sem peixe!

A proposta de hoje é um arroz com legumes. É fácil de fazer e muito rápido (é quase batota!), o que é meio caminho andado para o sucesso.

Desta vez aproveitei para testar a reação delas à abóbora mas, pelo sim pelo não, juntei também cenoura. Há quem defenda que não se deve juntar as duas na mesma refeição (ou na sopa), e normalmente eu não junto. Mas como queria ver se elas aceitavam bem o sabor, acabei por misturar alguma cenoura, não fosse o diabo tecê-las.

Este arroz leva couve flor mas nem se nota que ela lá está, o que é uma óptima forma de esconder mais um legume, especialmente quando é um legume com pouca aceitação. E a verdade é que ninguém deu por ela, mas comeram com muita satisfação.


Para meu grande espanto elas comeram a abóbora sem estranhar nada. Mas a verdade é que a abóbora butternut tem um sabor muito suave e é bastante agradável de comer assim (sem ser em sopa!).

As mais crescidas comeram bastante bem, embora a Teresa desista de comer os grãos a meio da refeição – 2 votos a favor.

Eu adorei! E ainda me fascina a sensação de ficar satisfeita sem me sentir pesada!  1 voto a favor

O pai da casa comeu bem e sem grandes hesitações! 1 voto a favor

A Sofia comeu bem, mas tive de fazer um puré com o grão e com a abóbora e envolver no arroz (estava malandrinho por isso envolveu bem o puré), mas em compensação comeu o lombardo sem reclamações – 1 voto a favor

* *

Ao fim de 5 refeições testadas parece-se que só os legumes gratinados tiveram uma fraca aceitação na maioria das crianças, por isso fica em suspenso e volto a tentar lá mais para Setembro. As outras vão integrar as nossas ementas mensais, o que significa que, há medida que vai havendo mais repetições de receitas há menos artigos no blog sobre receitas novas.

Este foi o mês de arranque e correu muito melhor do que podia esperar. Vou continuar a experimentar novas receitas mas não há razão para não repetir as que correram tão bem, verdade?

Meat Free Monday #4

Desta vez experimentamos “Ratatouille”, que é uma forma bonita de dizer um estufadinho de legumes! Acompanhado de arroz branco e com um ovo escalfado. Perfeito para dias de inverno: é quente e aconchega bem.

A receita é fácil de fazer, os legumes podem ser a gosto, e no que respeita ao tempo que demora, satisfaz o critério de não ser demasiado demorado e de não precisar de demasiada atenção, embora não saia do tacho em 15 minutos.

Esta receita faz uma boa quantidade de Ratatouille, o que te permite fazer duas refeições distintas. Podes usar o que sobrar como acompanhamento de outro prato ou comê-lo a acompanhar uma polenta, é delicioso!

Eu escalfei os ovos num tacho à parte, porque como ia sobrar preferi ficar com o caldo “livre” de restos de ovo. Mas podes perfeitamente escalfar os ovos directamente no tacho do ratatouille.

Eu gostei imenso. É uma espécie de comida de conforto: aquece e aconchega, sem ser pesada – 1 voto a favor

As miúdas maiores gostaram imenso dos ovos e da batata doce estufada. Os feijões verdes nem tanto mas não o suficiente para rejeitarem o prato por completo. Comeram bastante bem – 2 votos a favor

Para o pai da casa o ovo e os feijões fizeram-no esquecer que não havia nem carne nem peixe – 1 voto a favor

Já a Sofia… apesar do arroz a coisa custou a descer, mas mais por birra do que por outra coisa. Foi um dia em que ela veio muito cansada da escola e estava mais birrenta que o normal. Por isso pôs defeitos no ovo, nas cenouras, nos feijões, nos cogumelos… é 1 voto contra.

* *

Mas em termos globais é para repetir.

Meat Free Monday #3

Mais uma semana em que conseguir cumprir o desafio. Esta semana com menos sucesso que nas anteriores, mas ainda assim considero que com calma e persistência vou conseguir cumprir o meu objectivo, e aos poucos elas vão acabar por se habituar aos legumes.

A receita desta semana é legumes gratinados e o seu pouco sucesso deve-se ao facto dos legumes não estarem escondidos nem disfarçados. De qualquer forma não usei nenhum legume que não fizesse já parte da nossa alimentação, mas geralmente está na sopa e não no prato.

Eu pessoalmente adorei. E para mim é para repetir. Vamos lá à receita:

Não é muito complexa de fazer e o que demora mais tempo é descascar e cortar os legumes, por isso é uma receita boa de fazer em dias de caos controlado, mas não é aquela receita que se tira do lume em 15 minutos.

Em termos de avaliação o meu voto é favorável – 1 voto a favor

A Mafalda está a aderir bem a esta ideia e também gostou muito – 1 voto a favor

O marido comeu bem (com as já habituais reclamações de não ter carne nem peixe) – 1 voto a favor

As mais pequenas fizeram uma fita dos diabos para comer – 2 votos contra.

* *

Em termos globais não acho que tenha sido uma má experiência, com o tempo as pequeninas vão acabar por se habituar e deixar de fazer dos legumes um bicho de sete cabeças.

Venha mais uma segunda sem carne!

Meat Free Monday #2

O teste da semana passada tinha intenções de ser um Chilly mas o resultado final ficou uma bolonhesa. De lentilhas.

Isso, lentilhas. Se correu bem?

Sim, as lentilhas correram bem. Não é coisa que fizesse parte activa da nossa alimentação, mas no final do ano passado já as tinha introduzido em sopa com resultados muito positivos (mesmo para a que detesta sopa). Arrisquei um bocadinho ao fazer das lentilhas a estrela da refeição mas tinha mesmo de ser feito o teste.

A receita de partida era bem simples mas levava pimentos, e por cá é coisa que ninguém aprecia, em alternativa juntei cenoura e por isso acabou por ficar reduzida a uma bolonhesa, o que resultou muito bem por cima de arroz branco.

A receita que acabei por fazer é a seguinte:

E quanto a resultados:

A miúda do meio que é esquisita como tudo ADOROU – 1 voto a favor (devia valer por 2!).

Eu gostei bastante, especialmente da sensação de estar cheia e sem fome sem me sentir enfartada – 1 voto a favor.

A miúda maior gostou também muito – 1 voto a favor.

A miúda mais pequena não estranhou, comeu bem, e só no fim é que deu conta das lentilhas. Disse-lhe que eram smarties e catou as lentilhas do prato para a boca sem estranhar nem regeitar o sabor e a consistencia, o que me parece fortemente positivo –  1 voto a favor.

O marido comeu, disse que sabia a feijão com arroz, mas continua a sentir a falta da carne ou do peixe – 1 voto neutro.

Em termos globais a receita é fácil de fazer, e dá para adaptar para a bimby, o que facilita o processo. É um pouco mais demorada já que as lentilhas têm de cozer, mas como não precisa de grande assistência não obriga a estar sempre de olho no fogão.

* *

É super económica e por isso é uma receita que se irá repetir por cá mais vezes. Ainda com a vantagem de poder ser feito a mais, congelar e comer aquecido noutro dia.

É uma receita vencedora!

E tu? Vais experimentar?

Meat Free Monday – 2as Sem Carne

Neste primeiro artigo de 2017 escrevi sobre uma das minhas resoluções de ano novo: fazer uma alimentação mais saudável aderindo ao movimento segundas-feiras sem carne (Meat free Monday).
Já algum tempo que andava com vontade de introduzir refeições com menos proteína animal nas refeições da família, mas vamos ser honestos: é culturalmente um desafio fazer isto! Estamos tão agarrados à ideia de que precisamos de carne ou peixe na refeição que se torna quase impraticável seguir com isto em frente. Mas é um objectivo e achei que serviria um duplo propósito se partilhasse aqui no blog a evolução disto, assim espero manter-me motivada e espero que esta minha experiência sirva de base para ti também.
Há aqui algumas considerações que são necessárias fazer antes de iniciar:
O objectivo não é tornarmos-nos vegetarianos. O objectivo é reduzir a quantidade de carne e peixe que ingerimos e aumentar a quantidade de vegetais, cereais e leguminosas na nossa alimentação diária.
As refeições têm de ser “amigas” das crianças. As minhas filhas são crianças “normais” e odeiam a generalidade dos legumes, o meu marido também. Vai ser arriscado e desafiante conseguir uma refeição que agrade simultaneamente a quem não gosta de grão e feijão, a quem não gosta de cenoura, a quem não gosta de cogumelos, a quem não gosta de brócolos…Bem, estás a imaginar onde quero chegar!
Este plano tem de ser mantido em segredo porque se eles sonham não há quem coma nem uma colherada! Por isso vou começar por refeições “semelhantes” às que já fazemos mas sem carne e sem peixe, e aos poucos vou avançando um pouco mais… E se me perguntarem, eu direi que o peixe ou a carne está lá, bem picadinho, tão bem picadinho que nem se nota!
Não vamos para já excluir os lacticínios, nem os ovos.
Não vamos incluir substitutos como o tofu ou o seitan, a soja granulada ou em pedaços ou outras coisas afins. Porque a ideia é mesmo comer mais vegetais, cereais e leguminosas, mesmo que estejam escondidos e disfarçados.
Por último, as refeições têm de ser suficientemente fáceis e rápidas de fazer, para serem exequíveis de integrar as minhas ementas mensais.
Posto isto, a minha ideia é partilhar contigo a receita que usei e as eventuais alterações que fiz, e também a aprovação que teve junto dos meus comilões. Assim consigo manter um registo do que teve mais aceitação e consigo partilhar contigo o resultado!
Então o primeiro teste é este:

* *

A receita original é daqui e escolhi esta porque este é um tipo de pasta que costumo cozinhar, normalmente com fiambre, bacon, frango ou até salchichas. Pode ser que não deem pela falta da carne!
As alterações que fiz foram estas:
Não usei nenhum caldo de legumes para cozer as massas, usei apenas água.
Usei espargos de conserva porque não é altura dos frescos e adicionei-os já quase no fim da cozedura.
Não usei as malaguetas.
Usei “natas” de soja porque aqui há barrigas intolerantes às natas normais.
Refoguei a cebola com o alho e juntei as ervilhas e os cogumelos ao refogado.
Deixo-te a receita também porque alterei a quantidade dos ingredientes:

E como correu?
Correu bem. Eu gostei bastante, a raspa do limão torna-o fresco e de certa forma leve. 1 voto a favor!
A mais velha gostou bastante. 1 voto a favor!
A do meio notou o sabor do limão, fez-se um pouco esquisita na primeira impressão, depois disse que era bom, comeu sem fitas, mas não comeu mais do que o normal, nem com mais entusiasmo – 1 voto neutro.
A mais nova não estranhou o sabor, comeu como sempre come, foi como se fosse uma refeição normal – 1 voto a favor!
O marido comeu, reclamou que faltava carne, ou peixe, perguntou se podia juntar ao menos atum, comeu bem e repetiu. Não foi uma reação assim tão negativa por isso: 1 voto neutro!
Resumindo:

* *

Em termos práticos é fácil e rápida de fazer. Não é particularmente dispendiosa e se a classifiquei com duas estrelas é apenas porque usei cogumelos frescos e porque os espargos podem encarecer um pouco a receita, especialmente se forem frescos.
Não foi uma experiência a não repetir por isso leva três estrelas de pontuação final, o que a classifica para ingressar nas minhas ementas mensais.
Esta é até daquelas receitas que dá para tirar na cartola nos dias em que me esqueço de descongelar carne ou peixe… Calhando até me vou começar a esquecer mais vezes!
E tu? Estás disposta a tentar? Diz-me como correu!