E já setembro se prepara para chegar a meio!
É incrível como o tempo passa a voar e a ver bem, a ultima vez que por aqui estive foi em Fevereiro. O memorial, para mais tarde recordar, dos anos da Sofia não conta.
E afinal, que raio se passou de fevereiro até aqui? Tens toda a razão em querer saber.
Felizmente nada de mais, só a vida a acontecer. Graças a Deus, não houve doenças muito más nem outras situações irreversíveis. Mas pela primeira vez em 8 anos tivemos problemas com um senhorio, o que nos obrigou a alterar, e muito os nossos planos.
Não estávamos a pensar mudar de casa, até porque nem chegámos a estar dois anos lá. Mas teve de ser e, em nome do bem estar da família, foi necessário rever todo o plano e toda a estratégia. Quando saímos da cidade para a aldeia, acabámos por ficar aqui porque se alinharam vários factores que nos condicionaram a escolha. E decidimos ficar por aqui, mas se na cidade a oferta de casas é grande, por aqui é muito pouca. O que dificultou e muito toda a situação.
E lá para meados de Maio conseguimos, finalmente, encontrar a nossa nova casa. E toca a encaixotar tudo outra vez. E agora a desencaixotar tudo outra vez!
E aos poucos vamos fazendo as coisas, vamos tornando esta casa no nosso lar. E posso orgulhosamente dizer que, ao fim de 3 meses já tenho as molduras penduradas na parede! Yuppi! Vivi numa casa onde, a altura em que consegui pendurar as molduras foi pouco antes de decidirmos sair de lá por isso para mim esta é uma grande vitória!
Quanto a este lugar gosto mais de viver aqui do que de onde vim, gosto mais da casa embora seja mais pequena, o que me obrigou a sacrificar o meu “estúdio”. Esta casa é mais casa, é mais acolhedora. Tenho mais quintal e mais horta logo mais trabalho!
Os vizinhos são diferentes, são mais comunitários. Há uma certa noção de pertença e um certo bairrismo que o torna tão especial. Grande parte destas pessoas vieram de “longe” como nós, o que dissolve aquela sensação de sermos estranhos e das pessoas olharem de lado para nós por termos vindo da cidade para a aldeia. Pela primeira vez na vida sei o nome das minhas duas vizinhas do lado. E há muitas crianças da idade das minhas, e muito espaço, sem carros, para brincarem todos na rua.
Tem sido uma boa experiência, mas muito consumidora de tempo. Por isso acabei por me afastar daqui. Não só porque não me sobrou grande tempo, mas porque na realidade os meus últimos meses foram só tralha, caixotes, arrumar, separar, organizar e sobretudo fazer caber o rossio na rua da betesga.
Mas é um sitio bonito para se viver, ora vê:
Tudo visto dos meus domínios! Também temos um curso de água que confronta com o nosso quintal, agora está perto de estar seco, mas de inverno tem muita água que vem pela serra abaixo.
E muito espaço para brincar!
E mais uma forma de terapia, ou os meus comprimidos para esquecer a loucura do mundo:
A minha horta experimental onde vamos aprendendo tanto do que se perdeu e passando o pouco que vamos aprendendo à geração futura. E claro, o grande luxo dos legumes biológicos, sem corantes nem conservantes, do horta para o prato.
E entre caixotes, arrumações e organizações o tempo passou. E foi assim que de fevereiro chegámos a setembro!
Os meus planos são de regressar às publicações semanais, mas a vida pode ter outros planos.
Ainda assim obrigada por estares desse lado. Obrigada por saberes esperar. Da minha parte já sabes que a vontade de estar por aqui é sempre muita.
E tu? Que correrias fizeste neste meio ano que passou?
Olá Mariana que alegria ver que vc voltou ao blog e mais feliz ainda saber que estão todos bem amei seu novo lar e a horta é um sonho de todos nós não é ? Parabéns , estarei sempre visitando aqui , bjs de uma amiga ( ainda que virtual ) aqui do Brasil.bjs Adriana Milagres.
Obrigada Adriana!
É muito bom sentir esse calir amigo do Brasil!
Beijinhos