O Croché foi das poucas coisas que a minha avó teve paciência para me ensinar e o que sempre gostei no crochet foi o conseguir perceber a cada momento o que tinha de fazer para obter determinado resultado.
Sempre achei que era versátil e facilmente ajustável a cada necessidade, para além de ser muito rápido e poder ser feito tanto com lã como com linha, e até com outros materiais como as fitas de tecido, os plásticos e afins.
Mas durante muito anos o crochet foi para mim mantas de lã e naperons para todas as divisões da casa, da cozinha ao quarto, passando por todos os móveis, mesas e mesinhas que ficassem pelo caminho. Em casa dos meus pais os naperons era mudados religiosamente todas as 6ª feiras, tal como os lençóis das camas!
E a minha avó tinha sempre um trabalho de crochet no saco, que fazia nas horas de ócio em que se permitia sentar em frente à televisão. Por causa dela tenho um saco cheio de naperons, em conjuntos muito aprimorados e cuidadosamente estudados para cada divisão, que nunca uso mas que sou totalmente incapaz de me desfazer deles.
Mas nos nossos dias o crochet é mais do que isso, e é nesta descoberta que eu tenho andado entretida desde o inicio do ano.
Estas fotos foram tiradas em Constância em Maio deste ano e deixaram-me rendida ao encanto da cor. A iniciativa parte de um projeto social de combate à solidão e o trabalho foi feito por quem se quis juntar à iniciativa.
E sabes que mais? Adorava ter um barco “vestido” assim! E fiquei totalmente rendida às cores e a este novo crochet. Afinal há mais no crochet do que naperons!