Bolo de Aniversário Lalaloopsy

O combinado era a casa das Lalaloopsys mas no dia dos anos, por sermos pouco e não justificar um bolo tão grande, fiz uma Lalaloopsy de cabelo azul (como ela pediu) e caracóis como os dela!

Lalaloopsy birthday cake

E depois, no dia da festa com toda a família, a Teresa apagou as velas no bolo da casa das Lalaloopsy, e as velas foram redondas iguais a bolas de futebol, que foi o que ela escolheu! É assim a minha Teresa tão menina como rapaz!

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4 anos de Teresa

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Hoje fazes 4 anos mas querias muito fazer já 5. Acho que é por estares numa sala com crianças de 4 e 5 anos e tu seres a segunda mais nova. Por alguma razão o 4 não te diz nada. Eu também tive anos assim, valia mais passa-los à frente, julgava eu, mas aprendi muita coisa importante nesses (e em todos os outros) anos.

A nossa relação foi sempre muito intensa, não quer isto dizer que goste mais de ti do que das tuas irmãs, ou que sejas mais especial, mas tens esse teu jeito único de ser e termos começado a nossa relação no fio da navalha só ajudou. Das 3 filhas que tenho foste a única que resultou de uma decisão prévia e por isso eu e o teu pai já te imaginávamos muito antes de te termos feito, ter passado metade da gravidez em risco de te perder pôs muita coisa em perspectiva. E se calhar é por isso que das 3 és a mais dependente de mim.

Continuas a ser terrível para comer, a sopa continua a ser para ti uma forma de tortura e ver-te comer sopa começa a sê-lo também para mim. As tuas expressões de desagrado são genuínas e isso fez-te ganhar o direito de comeres só meia concha de sopa, mas só eu é que o sei, a bem do equilíbrio familiar! Não gostas de quase nada e tenho esta teoria de que escolhes os alimentos pela cor, sendo que o branco é a tua cor preferida: gostas de arroz e massa, iogurtes, maçãs, pêras e bananas, pão e manteiga, queijo. Abres uma excepção para o chocolate mas não gostas de chocapic, nem de bolos tenham ou não chocolate. Gostas de algumas bolachas. Não gostas de rebuçados, nem gomas nem mais nenhum doce. Toleras as estrelitas e agora, nesta escola, aprendeste a beber leite, o que fazes só porque sim e porque tem de ser. Em casa continuas a não querer beber. Mas depois gostas de brócolos e de iscas, pastéis de bacalhau, croquetes, pizza, salsichas e ovos mexidos. Continuas sistematicamente a vomitar quando comes polvo ou bolachas oreo e se formos andar de carro não te podemos deixar comer queijo e iogurte antes, senão… Mas raramente adoeces o que me deixa bastante mais descansada.

Gostas de brinquedos pequenos, com peças pequenas. Tens uma capacidade fantástica de imaginar situações e contextos para as tuas brincadeiras e ver-te brincar é para mim um prazer. Desenhas e pintas com moderação e alternas facilmente as tuas brincadeiras. Na verdade és tu que dás uso aos brinquedos da casa! E os carros continuam a estar nas tuas preferências.

Adoras animais e ainda não encontrei um que te fizesse ter medo. Até mesmo o sapo que nos apareceu no quintal mereceu o teu afecto e foi difícil convencer-te que não podíamos deixá-lo no lago da tartaruga. As tuas gatas são os teus amores e elas sentem isso porque se deixam andar ao teu colo sem problemas e até ronronam.

És muito tímida e envergonhada. Não socializas com o mesmo à vontade que a Mafalda e isso obriga-nos a respeitar o teu ritmo. Já estivemos em festas de anos onde não saíste do meu colo e, mesmo com os teus primos, quando a confusão é muita, é difícil convencer-te a ir brincar. Mas és pouco conflituosa nas brincadeiras e consegues facilmente gerir os conflitos sem teres que, sistematicamente, abdicar da tua vontade própria. Do outro lado da moeda és traquinas e muito divertida, dizes coisas palermas e brincas com as palavras.

Este ano passaste a fase dos Caricas e muitas vezes ao cantares uma das músicas, a tua dificuldade em pronunciares os R’s e os LH’s faziam com que a palavra colherão se transformasse num enorme palavrão, ao qual me foi sempre preciso um esforço hercúleo para não me rir! Continuas a ter um ouvido bestial para a musica e queres muito uma viola cor de rosa e da Minnie.

Tens um riso dourado e contagiante por isso muitas vezes provoco-te só para te ouvir rir. É um vicio que tenho!

És perfeitamente segura de ti, do que gostas e do que não gostas, do que queres e do que não queres e não te deixas influenciar por nada nem por ninguém. Pode até ser muito giro mas se entendes que não é para ti, não há quem te convença!

Esse teu jeito meigo já roubou um coração e o Carlinhos jura que vai casar contigo! No outro dia vieste a Lisboa comigo, e por várias vezes as pessoas se meteram contigo nos transportes. Há algo em ti menina…

Tens uma capacidade fantástica de te expressares, e mesmo antes de fazeres os 4 anos já sabias explicar porque é que estavas zangada, ou triste ou contente. Verbalizas as coisas com uma facilidade incrível para a idade que tens.

Mas és temperamental, e estás agora mais birrenta do que há uns meses atrás. Mas já não dormires na escola contribui muito para este teu humor rabugento. Às vezes entras num mundo de fantasia: tem dias em que és um pinguim, outras uma tartaruga e mais recentemente um cavalo (para seres como os Ponys), mas a culpa também é minha porque fui eu que te comecei a chamar tartaruga enquanto te ensinava a nadar.

E és doce e meiga, não te deitas sem um beijinho e sem um abracinho. E às vezes estás deitada e és capaz de sair da cama e vir ter comigo só para me dares outro beijinho e outro abracinho, e lá voltas para a cama sem problemas e de coração cheio. E até os teus brinquedos, quer sejam cães, gatos, barriguitas ou pinypons têm de me dar beijinhos, só dispensas os carros dessa formalidade porque entendes, e muito bem, que os carros são incapazes de dar beijinhos!

Continuas a ter uma grande cumplicidade com a Mafalda e alternas entre ser extremamente cuidadosa com a Sofia e entrar em conflito directo com ela por causa dos brinquedos. Partilhar os brinquedos com a Mafalda foi sempre uma condição implícita na tua existência e até há bem pouco tempo não era preciso partilhar nada com a Sofia. Mas vais lá chegar até porque adoras que ela se ria para ti e adoras ter companhia para brincar.

E por tudo isto que és com os teus 4 anos, dás tanto, mas tanto sentido à minha vida que ser-me-ia impossível vivê-la sem ti.

Parabéns Tartaruga, venha mais um ano de descobertas e aprendizagens!

Bolo de Aniversário da Violetta

Em ano de moda de Violetta a Mafalda quis que o bolo de anos fosse da Violetta. Depois de, no ano passado, ter feito bolos sob o tema das Monster High, já estou um bocado por tudo!

Mas o que ela queria era mesmo as figuras. Estava absolutamente fora de questão reproduzir as personagens em pasta de açúcar por isso optei por comprar umas imagens impressas em óstia e fazer os medalhões para aplicar no bolo.

Este bolo acabou por ter muito trabalho em Royal Icing para complementar o desenho. O desafio é não partir as claves de sol e as colcheias ao aplicá-las no bolo!

Mas vá que a miúda ficou feliz, fez um sucesso na escola com um bolo de 2 andares, e viu realizado o seu desejo de ter um bolo da Violetta!

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Já em casa esperava-a um bolo mais simples mas sob o mesmo tema!

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Qual será a moda do próximo ano?

7 anos de Mafalda

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Se há coisa que vais aprender é que a vida não pára. Nem sequer por um minuto, nem sequer por um segundo para poderes recuperar o fôlego e tirares uma boa fotografia mental do momento.

Um dia hás de tropeçar nestas minhas palavras para ti e hás de achar tudo isto feito de lugares comuns.

Um dia hás de ter crescido o suficiente, vivido o suficiente, e amado o suficiente para conseguires, finalmente, entender que os lugares comuns são tão bons para expressar tudo aquilo que não conseguimos expressar com outras palavras.

E hoje fazes 7 anos! Acho que estás orgulhosa de ti. Nessa tua ânsia de seres crescida, estás agora um ano mais perto do teu objetivo. E não há quem te convença que o melhor do mundo é ser assim, como tu és agora. Crescer é inevitável, sei-o bem, tão bem como sei que a infância é curta, por isso quero que a vivas ao máximo. Faltam 5 anos para entrares na adolescência, e sim estou em contagem decrescente, porque vê minha filha, já passaram 7 desde que nasceste e eu nem dei bem pelo tempo passar, por isso acredito que antes que eu me consiga preparar para isso, tu serás uma mulherzinha. Mas tu estás deserta de lá chegar e eu quero que lá chegues com tudo o que precisas para lhe sobreviveres.

És como um cavalo selvagem, não vale nunca a pena fazer-te frente, mas o teu coração é enorme e não resiste a um pedido de ajuda, por isso muitas vezes as tuas “obrigações” são transformadas em “ajudas” para que as cumpras de bom grado e sem te sentires contrariada. Sim, em 7 anos aprendi tanto (ou mais) do que te ensinei! Mas continuo a fazer-te frente porque, bem…, esse é o meu papel de mãe!

És a rainha da festa, continuas a gostar de mandar e onde quer que vás entras em grande estilo. Sempre que entras na tua nova escola gritas um fantástico e contagiante bom dia, é impossível não te sorrir. É por isso que és magnética e com o tempo vais reparar no quão fascinante és para algumas pessoas. Mas hás também de aprender que existe um outro lado da medalha. Mais tarde, espero eu.

És vaidosa e segura de ti. Eu, como sempre me senti como o patinho feio, prefiro que assim sejas. Espero que consigas manter essa tua auto-estima. Ser-te-à muito útil ao longo da tua vida.

Tens uma capacidade de te adaptar a novas situações que me surpreende sempre, e esta nova escola e estes novos amigos fizeram-te muito bem. Foste para um meio mais pequeno mas cresceste muito, perdeste grande parte das tuas infantilidades e, surpreendentemente, os teus horizontes alargaram-se.

Descobriste que adoras cavalos, e agora queres uma quinta onde possamos tê-los. Continuas a gostar de te vestir de forma “fashion” e de usar as minhas e as tuas maquilhagens, mas deixaste de parecer tão presa a essa ideia. As tuas brincadeiras continuam a ser imitações da sala de aula, ou de pais e mães que deixam os filhos na escola.

Estás a descobrir que gostas de fotografia e o teu avô não podia ter ficado mais feliz. Esta é mais uma forma de arte que te seduz, a juntar ao desenho, à pintura, às colagens e a todos os outros trabalhos que gostas de fazer.

Continuas a ser uma excelente irmã e, claro, tens os normais momentos de birras com elas, mas tudo isso faz parte.

E já tens outro tipo de conversas, já sabes formalizar uma opinião, já consegues ter conversas sérias, e sempre que algo te preocupa ou te incomoda não hesitas em vir ter comigo e conversar. Aos poucos estás a interiorizar o teu mundo e a construir as tuas verdades, e não vale a pena eu dizer-te o contrário: às vezes é doloroso e difícil, mas faz parte.

Continuas a querer ver-me sorrir e por isso várias vezes me dizes para sorrir. Só mesmo tu para quebrar a mecânica da rotina!

Continuas a não ser muito simpatizante com cães e se eles te aparecem à frente sem estares à espera descontrolas-te e gritas como se te estivesse a atacar. Também detestas o escuro.

Adoras as tuas gatas e elas retribuem-te.

Ainda és a minha Maria Bolacha, e isso não vai mudar nunca.

Parabéns minha filha, para ti o mundo.

8

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Chegaste aos 8 e contigo festejo também o meu 8º aniversário como mãe. Andaremos sempre juntas nesta aventura, umas vezes ensino eu e aprendes tu, outras vezes ensinas tu e aprendo eu.

Mantens-te igual a ti mesma. Continuas a ser social e a gostar de estar na escola e de estares entre os teus amigos e a tua família. Para ti a tua casa é para estar sempre cheia e em boa companhia, está-te nos genes. Um dia conto-te a história dos teus bisavós e de como tiveram sempre a casa deles cheia, e de como isso foi tão importante para tanta gente, eu incluída.

Continuas desobediente ou melhor, continuas a ter a tua vontade própria e a não deixar que nada se interponha entre ti e os teus objetivos. Ás vezes zangamos-nos a sério, especialmente quando te dá para tomares decisões para as quais ainda não és capaz de ponderar todas as variáveis. Outras vezes zangamos-nos porque insistes em ser sempre do contra e a fazeres sempre o contrário do que te dizem.

Mas continuas a gostar de ajudar, e continua a resultar fazer das tarefas um pedido de ajuda e não uma obrigação. Embora vás já entendendo que uma família é uma comunidade em que cada parte tem a sua função. Este ano revelaste-te uma preciosa ajuda e saberes ler e fazer contas bem abre todo um novo mundo de possibilidades: as nossas idas às compras são muito mais interessantes porque podemos fazer as coisas a dois, e estarmos na cozinha também! Já fazes bolos de forma autónoma, falta só a questão do forno. Mas para essa vais ainda ter de esperar.

Continuas a gostar muito de tudo o que seja trabalho manual e ainda é assim que te entretens. As tuas brincadeiras continuam a ser simulações da escola e continuas a desempenhar o papel de professora, tal como quando tinhas 4 anos. Continuas também a ser dependente de um adulto, já não tanto nas brincadeiras, mas nas tuas atividades criativas e nos teus trabalhos de casa. Para ti, não teres um adulto a acompanhar a tua atividade é como estares em profundo isolamento.

E continuas a ser a irmã mais velha, e na maioria dos dias corre tudo bem. Aprendeste a dar o braço a torcer e a não insistires em conflitos tontos e isso facilitou muito a convivência com as tuas irmãs, porque embora elas comecem o conflito tu, quase nunca, lhe dás continuidade. A isso chama-se maturidade.

E é bom ver-te crescer e chegar a esta idade, é bom ver-te a participar nas nossas decisões de família, a quereres partilhas as tuas ideias e aquilo que achas que é melhor para nós todos. É bom ver-te envolvida no Natal e nas prendas, e é bom ver-te criar laços fortes com estas pessoas que são minhas, e que são também tuas.

E ver-te assim tão nossa é o sentido que a vida tem.

Parabéns e brindemos a mais um ano!

Ter ou não ter um animal de estimação

A saga do gato começou no ano passado. O que estava combinado com elas é que poderiam ter um gato assim que a Sofia fosse mais crescida e, se e só se, elas se portassem bem, que esta cláusula é obrigatória em todas as nossas combinações! Mesmo antes pensarmos em mudar de casa sabíamos que mais cedo ou mais tarde teríamos de arranjar espaço para um bicho.

Em casa dos meus pais nunca houve gatos nem cães, para grande desgosto meu. Houve peixes e pássaros, tartarugas e peixes, coelhos e ouriços caixeiros e algures no tempo tenho ideia que até uma rã houve. Mas nunca cães nem gatos.

Com a idade e a experiência de ser mãe e de estarmos todos encafuados num apartamento, com horas contadas para tudo, passei a perceber a reticência em relação aos cães. Nesta fase da minha vida não me vejo a acrescentar, à minha rotina, as horas do passeio do cão à rua, e as miúdas ainda são demasiado pequenas para o fazerem. Embora continue a adorar cães e a querer muito vir a ter um (ou muitos).

Mas os gatos são diferentes e mais autónomos no que respeita às suas necessidades e à higiene do nosso espaço, e por isso nesta fase são compatíveis com a nossa rotina. E de qualquer forma as miúdas queriam um gato.

Mudar de casa precipitou as coisas porque ficamos com mais espaço, o que nos permitiu criar um cantinho para o gato. E a Sofia cresceu e começou a andar. E havia um gatinho que precisava de lar. E tudo isto junto fez-nos aceitar o desafio.

Foi num Domingo que fui comprar as coisas para o gato, mesmo antes de o ir buscar, para fazer uma grande surpresa às miúdas, que voltavam para casa nessa tarde. Por haver escolha, eu escolhi uma fêmea e de pelo claro.

Quando me encontrei com a pessoa que estava a dar os gatos ela mostrou-me duas gatinhas e uma delas tinha um ar terrível, daqueles gatinhos do final da ninhada, mais pequenina e enfezada, com uma conjuntivite brutal nos dois olhos. Eu escolhi a que tinha um ar mais saudável.

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Mas depois a pessoa insistiu para eu trazer as duas, que eram da mesma ninhada e que precisava mesmo de dar as gatas que tinha 14 gatos bebés para dar e se não encontrasse lar para todos tinha de os abater. Fiquei para morrer, a gata já parecia morta e, honestamente não sei se teria sobrevivido a mais uma semana.

Acabei por trazer as duas, pronta para o embate com o meu marido, na condição de lhe arranjar um lar. Mas quando cheguei ao pé dele o meu ar devia ser ainda mais desesperado do que o da gata porque, apesar de eu lhe ter dito que arranjava um outro lar para a gata, nunca, em momento algum, ele assumiu que ela não era também nossa.

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E foi assim em vez de um gato adoptamos dois.

Tivemos, no entanto, o cuidado de adoptar gatos bebés, para facilitar a adaptação das miúdas às gatas e vice versa. E tanto umas como outras adaptaram-se perfeitamente.

E ter duas gatas tem revelado algumas vantagens em relação a uma só:

– as miúdas dividem as atenções pelas duas e não massacram só uma gata,

– as duas gatas brincam uma com a outra e não estragam (tanto) as nossas coisas

– não há crises de ciúmes porque há sempre mais uma gata para mimar, e sempre mais um colo para dar mimo às gatas

– as miúdas desenvolvem um sentido de responsabilidade maior porque são formalmente responsáveis pela higiene diária da caixa da areia, sob a nossa supervisão, especialmente no que respeita a lavar as mãos no fim. Também são responsáveis pela alimentação delas.

Até agora não houve nada que me tivesse feito questionar a decisão de ficar com as duas gatas. De tal forma que me parece ser até bastante funcional numa família com mais do que uma criança pequena.

A desvantagem óbvia é o encargo financeiro porque as despesas de alimentação são a dobrar e a conta do veterinário também. Em relação à areia para já é mudada uma vez por semana, mas é possível que quando as gatas forem adultas seja preciso mudar duas vezes por semana. E a outra desvantagem é que se torna mais difícil controlar o impulso de adoptar mais gatos, porque já venceste a barreira mental do “um só animal”, assim com dois dás por ti a pensar que se fossem 3 nem davas pela diferença e torna-se complicado controlar!

E se achas que os gatos são desprendidos deixa que te diga que são é mal entendidos. Os gatos têm vários períodos do dia em que querem festas e mimos, e é nessas alturas que devem ser acarinhados. Quando querem brincar e correr atrás de coisas não vais conseguir que fiquem ao pé de ti, nem sossegados, nem ao teu colo. Com os gatos é preciso perceber o que eles querem fazer e saber entender a sua linguagem. Se impões a tua vontade o mais certo é veres (e sentires) umas garras de fora!

As miúdas já aprenderam os ciclos das gatas e fazem gato sapato delas! E achas que as gatas se importam? Qual quê! As gatas ficam no quarto delas a vê-las brincar, brincam com as peças dos brinquedos delas, dormem nos carrinhos dos bebés de brincar e assistem metodicamente a todos os banhos delas! E andam ao colo, recebem beijinhos e ainda voltam para mais! E sempre que é hora da Sofia comer, sentam-se debaixo da cadeira dela porque sabem que vai começar a chover comida!

Tem sido uma simbiose muito interessante entre as miúdas e as gatas e acho que lhes tem feito muito bem, mesmo a nível da expressão dos afectos.

É claro que antes de decidir ter um gato em casa, toda a gente me contou as mais insólitas histórias de como de uma forma ou de outra o gato matou a criança, ou porque a mordeu, ou porque lhe espetou as unhas nos olhos, porque se deitou em cima da cara e a criança sufocou, ou porque os pelos ficaram alojados nos pulmões e a criança desenvolveu uma infecção respiratória e morreu. Mas isto são histórias.

Tudo o que é preciso é ensinar as crianças a conhecer os gatos (ou qualquer outro animal) perceber até onde podem brincar e aprender a linguagem do gato para que não haja mal entendidos, até porque os gatos não são nada dissimulados. Se eles não gostam fazem questão de te mostrar logo que não gostam!

E claro, como em tudo a higiene é fundamental! Areias limpas e mudadas com frequência, gatos livres de parasitas internos e externos, vacinas em dia, comida e água mudada com regularidade, nada de comerem restos perdidos da nossa comida! E para as crianças mãos sempre bem lavadas, especialmente depois de mexer na comida e no caixote das gatas e com maior empenho antes das refeições!

O resto é pura brincadeira!

E crescem tão depressa como as miúdas!

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