Chapéu de bébe

Quem, em pleno século XXI, anda nas andanças das agulhas, das linhas, dos panos e afins sabe que tem um rótulo que roça o ser desocupado e o não ter mais nada de interessante para fazer, um equivalente póas moderno da “dondoca dos bordados”.

Virtualmente conheço muitas pessoas como eu, na vida “real” poucas ou quase nenhuma, o que faz de mim um ser… estranho.

Houve alturas em que isso me fez confusão, mas para mim continua a ser fenomenal ter a capacidade de fazer quando não há feito.

Ora vê. No Carnaval fomos com as miúdas apanhar ar uns dias para fora, como podes imaginar, com as 3 miúdas e mais nós os dois, é cada vez mais difícil manter a organização e não deixar nada para trás! Dessa vez deixamos ficar em casa o gorro da Sofia. E tanta falta que ela fazia…

E houve problema? Não! Não levei o chapéu de casa mas… fiz lá um chapéu! Podia ter sido em lã mas na altura estava a trabalhar em feltro e foi em feltro que o chapéu nasceu!

Foi rápido de fazer e exclusivamente com os materiais que tinha à mão. Nada de máquina de costura nem tecidos ou lãs bonitinhas, a custo zero e ainda me diverti a fazê-lo!

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Bolo de Aniversário com Cavalos

Pediram-me um bolo e eu fiz um bolo. Pediram-me que tivesse cavalos e eu fiz cavalos. Nunca tinha feito cavalos, nem nunca tinha sequer desenhado cavalos. Cavalos não fazem parte do meu mundo! Mas foi um bom desafio e melhor ainda foi tê-lo superado e ter ficado feliz com o resultado. E foi o primeiro bolo que fiz que saiu de minha casa (e chegou inteiro ao destino! Yay!)

A menina dos 11 anos também ficou feliz.

E igualmente importante foi fazer um bolo delicioso: bolo de baunilha com recheio de chocolate, a minha receita secreta e absolutamente divinal!

Este bolo tem 6,5Kg! E teria dado para cerca de 60 pessoas. Podia ter usado uma camada falsa (de esferovite) mas acho a altura deselegante. Gosto dos bolos altos! Mas tenho de explorar esta alternativa, afinal 6 kg de bolo são 6 kg de bolo… embora possa ser congelado e comido quando apetece!

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Fada dos Dentes #2

Tooth Fairy 1

A fada dos dentes fez mais uma visita! Há quase um ano que não lhe caía um dente e este fim de semana obrigou-me a arrancar o dente que estava a abanar! Não me consigo habituar à ideia de arrancar dentes mas esta miúda não descansa enquanto não se vê livre dos dentes pendurados! O processo de arrancar o dente é mil vezes mais penoso para mim do que para ela, e logo eu que nunca arranquei um dente meu…

Por cá a fada dos dentes fica no parapeito da janela do quarto, e quando a Mafalda adormece a fada dos dentes ganha vida e tira o dente dela do pequeno saco de veludo, e no seu lugar deixa moedas, muitas moedas! Tantas moedas que ela acha mesmo que quando lhe tiverem caído os dentes todos vai estar rica!

Para nós, pais, a fada dos dentes é mais uma forma de lhe ensinarmos a importância do dinheiro, a importância de o poupar, e a importância de adiar a gratificação mas de uma forma simples, que ela entende. Por isso a nossa fada dos dentes não traz brinquedos, traz dinheiro que ela guarda religiosamente no porquinho mealheiro que tem.

Parte da nossa estratégia é também ter os mealheiro à vista delas, mas não tanto ao alcance, para que elas se lembrem dele e de vez em quando pedinchem umas moedas a nós, aos avós e a quem estiver por perto! Também acontece muitas vezes pegarem neles para verem se estão cheios e se falta muito para encherem!

Quando o mealheiro está cheio é obrigatório irem comigo ao banco, levam o mealheiro cheio e a chave e ajudam a entrega-lo ao senhor do banco, e é vê-las com cara de dever cumprido a saírem do banco com o mealheiro de novo pronto a ser cheio!

E sabem que o dinheiro fica ali, no banco, à espera que elas cresçam e dele precisem!

Ou como diz a minha Mafalda, quando o meu dinheiro acabar ela dá-me o dela!

Fatos de Carnaval

E estamos no Carnaval! Nem vale a pena discorrer do quão depressa passa o tempo… Embora, enfim… Já estamos a chegar a Março e sinto que pouco mais fiz do que habituar-me a trabalhar outra vez!

Este é o 5 ano consecutivo que faço fatos de Carnaval para elas e, felizmente, está a ficar cada vez mais fácil. Vamos passear ao passsado?

2010 – Foi o primeiro grande desafio, a meias com a minha irmã. Um fato igual para mim e para a Mafalda e um fato igual para ela e para o meu sobrinho. Convenientemente não tenho fotografias minhas, mas foi assim que a Mafalda se apresentou nesse ano:

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2011 – Foi o ano da grande desilusão. Fiz um fato igual para as duas, desta vez de índia e o dia esteve péssimo, com direito a tempestade de trovoada e tudo. Não saímos de casa e o tempo esteve tão feio que acho que nem o vestimos. Por isso não há foto desse ano. Mas a Teresa vestiu o vestido de índia este ano e vá lá que conseguimos a foto. E o fato incluía umas botas e tudo!

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2012 – Foi o primeiro ano em que a Mafalda pediu uma máscara e escolheu a Sininho. O vestido foi muito improvisado e ficou com um ar patusco, embora acho que tenha resultado bem no conjunto. Teve direito a asas feitas de tule e foi a primeira vez que costurei um tecido de malha na minha máquina de costura. Não correu mal.

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2013 – foi o ano da insanidade temporária. Conduzida pela febre “vou costurar para as minhas duas filhas” decidi fazer fatos de carnaval para as duas. A Mafalda estava no ano da Rapunzel (neste ano fiz-lhe um bolo com um metro de altura em forma de torre da rapunzel!) e foi impossível achar um tecido de cor semelhante ao da Rapunzel no filme Entrelaçados. Por isso ficou lilás. A grande trança amarela foi fácil de fazer mas regressou a casa desfeita por ter andado na cabeça de toda a criancinha da escola. E não sei bem porque, foi a primeira vez que consegui por atilhos na perfeição. Bastou-me usar um martelo!

DIY Rapunzel costume

Já para a Teresa quis fazer algo mais tradicional, mais inspirado na minha infância e nos contos tradicionais. No meu tempo mascarávamos-nos de fadas e princesas, policias e indios, bruxas e afins. Não havia isto das personagens da Disney! E assim fiz um fato de capuchinho vermelho com direito a um avental e tudo! A capa foi uma grande conquista: veludo por fora e cetim por dentro!

fato de Capuchinho Vermelho

2014 – Antevendo a dificuldade de fazer vestidos em tão pouco tempo decidi que a Teresa iria usar um dos vestidos que já tínhamos e vai daí que o escolhido foi o de palhaço. A Mafalda acabou por também querer e por isso acabei por ter de fazer um vestido. Uma versão minute made! Que só o fiz ontem à tarde para ela vestir hoje de manhã! Sem moldes. Tudo de cabeça, pano na máquina e aqui vai linha e feito com os restos dos tecidos que usei em 2010! Resultou porque é um fato de palhaço!

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Comum a todos os anos é o stress de acabar os vestidos a tempo delas os usarem na escola e a promessa de que pró ano é que vai ser. Pró ano começo a fazer os fatos em Janeiro, logo depois do inicio do ano, para ter tempo de fazer tudo, nas calmas e sem stress! Talvez para o ano!

Olhando bem, vale a pena o esforço!

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Nionoi @ Meias Marias

Hoje no Blog tenho o prazer de ter no Blog a Filipa do blog Nionoi.

Para quem não conhece, a Filipa é a referência nacional para quem quer aprender a tricotar em português. A Filipa ensina várias técnicas nos vídeos que publica semanalmente no blog e dá workshops presenciais em Lisboa.

Filipa, no teu blog partilhas dicas e truques de tricot. Quando começaste a tricotar? Lembraste do primeiro projeto de tricot que fizeste?

Comecei a tricotar à cerca de 4 anos. Apesar de ter começado a fazer crochet muito cedo, nunca gostei de tricotar porque a lã à volta do pescoço me incomodava imenso. Só quando aprendi a tricotar “no dedo” é que comecei a gostar de tricot e foi um instante até ficar absolutamente viciada. O meu primeiro projecto “a sério” foi um colete para a minha filha. Antes disso, fiz algumas mantinhas paras as bonecas da pequena onde fui treinando os pontos e a tensão na linha.

Assumes-te como tricotadeira ou para além do tricot há outras coisas que gostas de fazer?

Esta é difícil, porque sou absolutamente viciada em tricot, mas continuo a fazer crochet , a costurar e a divertir-me na cozinha. Sobretudo, adoro aprender coisas novas e sempre que vejo um projecto novo que me entusiasme faço, independentemente “da arte”.

És mãe. A tua filha é a tua inspiração para tricotar ou fazes com frequência projetos que não sejam para ela?

A minha filha é, sem dúvida, uma inspiração e comecei por tricotar para ela. Mas foi um instante até ter começado a tricotar para todas as amigas, irmãs, filhas das amigas, colegas da escolinha, etc…na verdade, só não tricoto para mim!

Qual foi o projeto que te deu mais prazer fazer? E porquê?

O que tenho nas agulhas agora mesmo! Este ano decidi que tinha de começar a tricotar para mim e inscrevi-me num “mistery knit along” da designer Ysolda Teague. Todo o desafio foi, e está a ser, giríssimo – vamos tricotando uma parte do xaile, sem conhecer o esquema e sem saber o que vem a seguir ou qual será o resultado final. Alem disso, o grau de dificuldade das técnicas foi aumentando (e eu adoro!) e temos um grupo de tricotadeiras fantástico para comentar todos os avanços. Estava habituada a experiencias de tricot bem mais solitárias e descobri que assim é bem mais divertido. Estou ansiosa por terminar e usar.

Se tivesses de eleger um projeto de tricot essencial para menina qual seria? E para menino?

Roupinha tricotadas, claro, e muitas! Para menina um vestido de trespasse, tipo cueiro (que dura imenso tempo até deixar de servir!)

E para menino, um conjunto de calça+casaco trespasse.

Tudo isto sem esquecer as botinhas de lã, claro!

Uma boa razão para as pessoas comprarem coisas feitas à mão é?

Existem imensas boas razões, mas destaco duas: o reconhecimento do trabalho e a qualidade.

Uma boa razão para as pessoas fazerem coisas à mão é?

Para mim a maior razão é o carinho, mas existem muitas mais, claro! Mas, não se pode comparar um casaco comprado numa qualquer loja (mesmo que na melhor!), com o casaco tricotado ao serão, pelas mãos da avó já enamorada pelo neto que vai nascer…

Uma coisa feita à mão que não pode faltar num enxoval de um bebé é?

Uma mantinha e botinhas de lã. Todos os bébés gostam de passar os primeiros dias “embrulhadinhos”, e uma manta feita à mão é como um abraço apertadinho, daqueles que nos aconchegam a alma. As botinhas de lã são ótimas para manter os pés quentinhos sem o incómodo dos sapatos.

Uma coisa que gostava de aprender a fazer é?

Ultimamente tenho muita vontade de bordar, gostava de aprender a bordar um bonito lenço de namorados. Mas, tenho sempre muito mais ideias que mãos!

Filipa, para terminar, e porque estamos a celebrar o aniversário do blog, gostava que partilhasses a tua receita de bolo preferido.

A Tarte de amêndoa da minha mãe

Ingredientes: Para a massa – 2ovos; 200gr manteiga temperatura ambiente; 200gr de açucar; 200gr de farinha com fermento; Leite q.b.; Para o creme: 50gr manteiga, 100gr açucar, 3 colheres de sopa de leite.

Bater os ovos inteiros com o açúcar e a manteiga até obter um creme esbranquiçado. Juntar a farinha e misturar. Se necessário, adicionar um pouco de leite para a massa ficar mais maleável. Levar ao forno aquecido, em forma untada e polvilhada, durante cerca de 20/30min (verificar a cozedura com um palito).

Entretanto preparar o creme: juntar num tachinho a manteiga, o açucar e o leite, e levar a lume brando até ficar cremoso.

Retirar a tarte do forno, espalhar a amêndoa por cima e cobrir com o creme de manteiga. Levar de novo ao forno até a amêndoa estar tostada.

Obrigada Filipa por teres deixado esta belíssima tarte em minha casa. Estava deliciosa! E claro, Obrigada por teres aceite o meu convite!

Saídos da Concha @ Meias Marias

Hoje tenho o enorme prazer de ter aqui no Blog uma cara que de certeza que é vossa conhecida!

A Constança Cabral, do blog Saídos da Concha, é uma referência e uma fonte de inspiração e aceitou o convite de responder à mini entrevista que preparei para assinalar o segundo aniversário deste blog.

Peguem na vossa chávena de chá e acompanhem-nos nesta pequena conversa…

Constança, assumes-te como costureira ou para além da costura há outras coisas que gostas de fazer?

Estou longe de ser costureira! Sou apenas uma curiosa. Gosto de ir experimentando coisas novas e depois ir tentando aperfeiçoar as minhas técnicas… mas não passo de uma auto-ditacta (não que isso seja algo negativo, claro). Interesso-me por costura, tricot, bordados, arranjos de flores, bolos, roupa infantil, jardinagem, literatura, decoração de interiores e muito mais. Já me iniciei em algumas destas áreas, noutras nem por isso. Mas sei que estarão sempre no meu horizonte.

Quando começaste a coser? Lembraste do primeiro projeto de costura que fizeste?

Comecei a coser no final de 2006. A primeira coisa que fiz foi um saquinho em chita para guardar os meus colares e brincos.

És mãe. O teu filho é a tua inspiração para costurar ou fazes com frequência projetos que não sejam para ele?

A lista de coisas que quero fazer para ele é enorme, mas parece que ainda só concretizei 1/10. Já fiz roupa, babetes, um pouf, cortinados, um ou outro brinquedo… mas quero fazer muito mais!

Qual foi o projeto que te deu mais prazer fazer? E porquê?

Uhm… não sei responder a isto. Alguns projectos são muito demorados (acolchoar um quilt à mão ou o mapa de Portugal que fiz em hexágonos) mas, como podem ser feitos ao serão enquanto vejo um filme, custam menos. E o resultado compensa!

Se tivesses de eleger um projeto de costura essencial para menino qual seria? E para menina?

Acho que um quilt é absolutamente essencial, seja para rapaz ou rapariga. Pode ser usado na cama, na sala, em passeio, como tapete de brincadeiras… e fica para a vida toda.

Uma boa razão para as pessoas comprarem coisas feitas à mão é?

Primeiro que tudo, a peça não é anónima: sabemos quem a fez. Depois, feito à mão é normalmente sinónimo de feito com tempo e qualidade. E originalidade!

Uma boa razão para as pessoas fazerem coisas à mão é?

Perceber como são feitas as coisas, aprender técnicas novas e ter muito orgulho no produto final.

Uma coisa feita à mão que não pode faltar num enxoval de um bebé é?

Um casaquinho tricotado em pura lã.

Uma coisa que gostava de aprender a fazer é?

Quero aprender a fazer moldes de costura.

Constança, para terminar, e porque estamos a celebrar o aniversário do blog, gostava que partilhasses a tua receita de bolo preferido.

O meu bolo preferido é, sem sombra de dúvida, o pão-de-ló!

Podem encontrar a receita do bolo da Constança aqui!

Obrigada Constança, foi um prazer poder contar contigo!

2 Anos de Meias Marias

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Há dois anos que escrevo neste blog e é altura de me conheceres um pouco melhor. Hoje quero partilhar contigo 22 coisas completamente aleatórias sobre mim, que não chegam para me definir, mas que fazem parte daquilo que sou.

1. O meu signo é Capricórnio e o meu ascendente é Balança o que faz de mim uma pessoa… que tem dias que roça o bipolar!

2. Sou gulosa. Não, sou a gulodice em pessoa, e tenho uma obsessão por gomas.

3. Gosto muito de dormir, embora raramente me deixem!

4. Desde que me lembro de mim que sempre quis ser… mãe, e de 5.

5. Aos 6 anos queria ser astronauta e logo depois veterinária.

6. Gosto de cães grandes, quanto maiores melhor.

7. Gosto muito de gatos mas a minha mente eclipsa-se ao fim de um tempo e só me apetece chateá-los!

8. Gosto muito de ler e leio muito depressa. Gosto tanto de ler que na agitação dos dias dou-me por feliz se ler uma história infantil antes de deitar as miúdas.

9. Há duas pessoas na minha vida a quem eu não preciso de dizer nada.

10. Sou uma pessoa muito direta e frontal, sem jeito para conversa de circunstância e por isso, hà quem me ache arrogante.

11. Custa-me… que algumas pessoas deixem de fazer parte da minha vida… mas os caminhos divergem e o que tem de ser tem de ser.

12. Acredito no Karma, acredito que pensamentos positivos geram acontecimentos positivos, e acredito que tudo o que fazemos retornará a nós, bom e mau.

13. Gosto de filmes de terror e sempre que fico em hotéis fico à espera de ver aparecer o Jack Nicholson esgroviado como no Shining.

14. Não sou fã de conduzir porque me obriga a ter a mente centrada na estrada e no que está à minha volta… e a minha mente está sempre noutro lado. Além do mais gosto de ver as vistas e a conduzir não posso.

15. O pior livro que li até hoje dá pelo nome de “O Buzio Mágico” e foi a única vez em que senti que o meu tempo tinha sido irremediavelmente perdido.

16. Sou mais produtiva de manhã. As minhas tardes passam demasiado depressa e, na maioria dos dias, é quando me ando a arrastar de sono.

17. Acredito que votar, mais do que um direito é um dever, e por isso nunca falhei uma eleição.

18. A coisa que mais me custou na maternidade foi habituar-me a ter companhia na casa de banho!

19. A minha comida preferida é lasanha. Sou tipo Garfield, podia comer lasanha a todas as refeições (e deitar-me a dormir no sofá a seguir) que era uma pessoa feliz.

20. Grande parte das más decisões que tomei na vida levaram-me a encontrar o que de melhor e mais precioso tenho agora, por isso acho que não as lamento.

21. Sou a mais nova de 3 irmãos e isso deu-me uma capacidade de argumentação bestial! O que me tem dado muito jeito, convenhamos!

22. A pior coisa que me podem fazer é… mentir. Prefiro de longe uma verdade dura e feia do que uma mentira. Para mim a mentira tem mesmo perna curta porque a verdade sempre me encontra.

E é isto! Estás surpreendida?

6 meses de Sofia

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E sem dar conta passaram 6 meses. És muito mais do que podia ter imaginado e todos os dias agradeço ter-te na minha vida. És especial. Tens um encanto que é só teu e por isso é único e diferente de tudo o que conheci antes de ti.

Tenho para mim que faz parte da tua estratégia de integração, e de certa forma, de te enquadrares e arranjares o teu espaço em nós. Das três és a que dá menos trabalho.

Estás sempre bem disposta, tens as tuas rotinas certas, gostas de adormecer na tua cama, sozinha, sem colos nem amassos, o que para mim é um grande descanso e acredita que facilita em tudo a gestão da rotina das tuas irmãs. Comes bem sem comeres demasiado e és grande, muito grande para os teus 6 meses, por isso não tenho de me preocupar quando tens menos apetite. Não és grande apreciadora de sopa. Preferes as papas e a fruta que comes sempre a dobrar. Ainda assim comes bem e não foi difícil adaptares-te a uma nova alimentação.

Gostas de cantar e quando ensaias um grito mais alto e ele sai desafinado assustas-te contigo própria, o que é giro de ver. Tiveste a tua primeira bronquiolite hà poucas semanas, pouco depois de ter voltado ao trabalho e ter de sair contigo de casa bem cedo, faça chuva ou faça sol, o que só agrava esta minha sensação de que é bárbaro este nosso costume. E foi só nessa altura que consentiste usar chucha. Até aí nunca a quiseste e mesmo agora nem sempre a queres.

Gostas de tomar banho e quando te viro de barriga para baixo e te lavo as costas cantas para mim. Gostas do secador de cabelo e do ar quente na cabeça.

O teu lugar preferido para adormecer ainda é a cozinha e nada te faz adormecer mais depressa e mais descansada do que os cheiros e os barulhos das louças e das máquinas a trabalhar. O que me deu muito jeito enquanto estive em casa contigo, e continua a dar aos fins de semana.

Dormes muito, com 6 meses ainda dormes entre cada refeição, coisa que nenhuma das tuas irmãs fez. Começas agora a saltar o sono depois do lanche da tarde, mas nem sempre o fazes. Gostas de brincar e ficas bem na espreguiçadeira entregue aos teus brinquedos, descobriste à pouco tempo o parque e quando estás deitada ris-te e mexes-te muito.

Há uma coisa em que és igual à Teresa: adoras que te preguem sustos e ris-te como uma perdida.

Já chamas por nós e quando queres a nossa atenção tosses uma tosse tão falsa que chama mesmo a atenção!

Interages com as tuas irmãs mas tens algum receio. O facto delas falarem alto e mexerem-se depressa demais não te ajuda a confiar muito nelas e tens toda a razão. Espera mais um tempo!

Os teus olhos continuam a ser um mistério para mim. Ao fim deste 6 meses ainda não percebi se os teus olhos são verdes ou se são castanhos! Conseguiste arranjar a cor de olhos mais invulgar e o teu cabelo promete ser claro. Sais ao meu pai nisso. Já as tuas bochechas são claramente minhas!

E passaram tão depressa estes teus 6 primeiros meses!

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